O que é parto empelicado?

O parto empelicado é uma condição pouco comum, onde o bebê nasce estando dentro do saco amniótico, sem o rompimento da bolsa, com o líquido e bolsa gestacional íntegra.

Mesmo sendo um evento raro, é mais comum presenciar em partos cesárea onde a cirurgia é marcada antes do início do trabalho de parto, ou em casos de parto normal prematuro, pois bebê é menor e não rompe a bolsa no momento do nascimento vaginal, como acontece na grande maioria dos casos.

Estima-se que o parto empelicado aconteça de forma rara, sendo 1 em cada 80.000 nascimentos. No atual século, é comum o rompimento artificial da bolsa amniótica para facilitar a evolução do trabalho de parto, gerando assim uma chance menor de partos com bebês empelicados.

A estimativa de parto empelicado por ano é de 1 a 2 casos segundo o Instituto Nascer. Quando o trabalho de parto é humanizado e com poucas intervenções humanas, as chances de parto empelicado são maiores.

Existe algum risco no parto empelicado?

Parto empelicado: descubra o que é e como acontece

Bebês empelicados não oferecem nenhum risco para a mãe e o bebê, levando em conta que, estando empelicado, o bebê fica ainda mais protegido de bactérias externas da flora vaginal. Alguns estudos mostram que é fundamental o contato do bebê com as bactérias do canal vaginal, pois é uma forma de adquirir resistência e imunidade, contribuindo para a formação do sistema imunológico do bebe, porém com o parto empelicado, não haveria esse contato. Mas não é algo com o que se preocupar, pois em partos cesárea também não há esse contato.

Vivenciar um parto de bebê empelicado possui suas vantagens, como proteção do bebê prematuro contra traumas do parto, evitando hematomas e fraturas, proteção contra o vírus do HIV positivo protegendo o bebê contra o sangue durante o parto e reduzindo as chances de contaminação. Geralmente, quando a mãe possui o vírus HIV,  o médico realiza a cesária antes das 38 semanas, para conseguir um possível parto empelicado.

Há relatos de mães que referem sentir menos dor durante o trabalho de parto estando com a bolsa íntegra. Isso pode acontecer devido ao rompimento da bolsa causar mais contrações durante o trabalho de parto. Para o bebê, estando com a bolsa íntegra, há um conforto maior no momento da passagem no canal vaginal, pois acontece uma pressão menor das contrações, aliviando e evitando também a compressão do cordão umbilical.

Mas, uma dúvida frequente é: o que acontece após esse tipo de parto?

O bebê mesmo fora do útero, estando dentro do saco amniótico, continua recebendo os nutrientes e o oxigênio da placenta através do cordão umbilical. Após o nascimento, o bebê é retirado da bolsa pelo médico, sendo realizado um rompimento manual da membrana, e recebe todo o primeiro atendimento e avaliação de saúde. Geralmente, em partos empelicados, líquidos acabam se acumulando nas vias respiratórias, sendo necessário realizar a aspiração das vias aéreas pelo médico para evitar a presença desses líquidos no pulmão do bebê. Em partos cesárea, é realizado o mesmo procedimento de aspiração, para permitir que o bebê respire naturalmente.

Não existem desvantagens em um parto empelicado, pois não há contraindicações nem para a mãe e nem para o bebê. 

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